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terça-feira, 21 de janeiro de 2014

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Sociedade e Religião - Intolerancia Religiosa – Não Aceite Esta Realidade Criminosa

Por Sebastião Ramos / ABRAVIPRE(Clique nas imagens para ampliar e clique em continuar lendo para ler a matéria na íntegra)

Ao longo da historia temos ouvido falar acerca de diversos relatos de perseguições religiosas. Quem nunca ouviu através dos livros de historia sobre a Inquisição promovida pela Igreja Católica na Idade Média ou das Cruzadas, ou ainda dos massacres ocorridos na França na Noite de São Bartolomeu, em que Católicos e protestantes se enfrentaram em sangrentos combates, tendo como resultado uma das maiores carnificinas daquela época.
Imagem: ABRAVIPRE

Estes foram momentos históricos de intolerância religiosa de 500 e 1000 anos atrás. Perguntamo-nos por que ocorreram tais coisas? Analisando o significado de intolerância religiosa podemos ter parte da resposta, dada a complexidade do tema, uma vez que se trata de um conjunto de ideologias e atitudes ofensivas a crenças e práticas religiosas, entendido legalmente como um crime de ódio que fere a liberdade e a dignidade humana.

Hoje ao lermos sobre esses fatos e em virtude de vivermos em uma democracia, talvez sejamos tentados a pensar que a intolerância religiosa é uma coisa do passado. Quão enganados estamos! Ela é mais atual e comum do que imaginamos.
Com o aumento da diversidade religiosa no Brasil, cresce as animosidades entre crenças gerando pouco respeito a essa diversidade.

Visando coibir essas atitudes discriminatórias, em 2007 foi sancionada, pelo então presidente Luís Inácio Lula da Silva, a Lei nº 11.635 que faz do 21 de janeiro o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. A data homenageia a Mãe de Santo baiana Gildásia dos Santos e Santos, que faleceu vítima de infarto, após ver sua imagem usada de forma indevida no jornal evangélico “Folha Universal”, edição 39, sob o título “Macumbeiros Charlatães lesam o bolso e a vida dos clientes”.

Esse tipo de discriminação, sofrido pela mãe de Santo, vem crescendo no Brasil. Veja por exemplo que a quantidade de denúncias de intolerância religiosa recebidas pelo “Disque 100 da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República cresceu mais de sete vezes em 2012 em relação a 2011, um aumento de 626%”, principalmente contra membros de cultos afro no Brasil. As denúncias referem-se geralmente à vandalização de ícones católicos e do candomblé. Também não passa despercebida a rejeição praticada contra aqueles que decidiram não exercer fé em uma divindade.

Imagem: Reprodução
Mas há casos desconhecidos de crimes de intolerância religiosa, pouco noticiados na mídia. Esses crimes acabam se tornando invisíveis para a maioria da população brasileira e merecem destaque pela frequencia. A exemplo do que vem ocorrendo com os membros da Igreja Testemunhas de Jeová quando estes resolvem sair de suas fileiras. Se você torna-se membro desta religião e depois resolve sair de suas fileiras, não tem o direito de ser cumprimentado com um simples “oi” pelos seus amigos de fé. Famílias estão sendo destruídas, amigos estão sendo separados, pessoas estão em pânico e há até relatos de depressão e suicídios. Reverter esse quadro é preciso! Neste contexto estar consciente é importante e mais importante do que estar consciente é sermos sensíveis para amparar as vitimas dessa opressão tão antiga, quanto atual.

Sensível a esta insana realidade a ABRAVIPRE – Associação Brasileira de Apoio a Vítimas de Preconceito Religioso nascida no Ceará sob a égide de que “Nenhuma Crença está acima da Lei”, busca tornar-se referência nacional por seu pioneirismo no Brasil em tratar da delicada temática da discriminação religiosa.

Por isso vem com a proposta de “divulgar, tornar público e denunciar às autoridades de forma pacífica e em legalidade, fatos desconhecidos sobre os excessos e as barbáries físicas, morais ou diversas, cometidos contra cidadãos no meio religioso, além de apoiar as pessoas discriminadas, que têm impedidas sua liberdade de crença, ajudando-as a procurar os seus direitos junto a legalidade vigente no Brasil”, uma vez que já foram vítimas desse preconceito e desejam estender sua mão solidária ao publico em geral independente de raça, credo ou condição social.

Os que desejarem associar-se à entidade jurídica ABRAVIPRE, poderão entrar em contato diretamente com o presidente: sebastianramos7@gmail.com Telefone (85) 85886109 - 98274705 ou site www.abravipre.org. Se você é profissional de alguma área, informe-nos. Se desejar de forma voluntária colaborar conosco, entre em contato para que possamos estreitar relações. Toda ajuda é bem vinda.

Desejamos fazer do 21 de Janeiro – dia nacional de combate à intolerância religiosa um movimento mais amplo, com todos os segmentos da sociedade. Além de cartazes colados em avenidas, áudio e panfletagem, faremos uma Tribuna Livre na Praça do Ferreira, a partir das 16:00h, ficando como exemplo de luta pela igualdade em nosso país.
Até onde chegaremos, ainda não sabemos, porém, temos a firme convicção de que estamos fazendo algo de bom pela nossa sociedade, pois muitos estão desesperados em grupos religiosos, vivendo uma vida de miséria social e escravidão mental. Como estes não possuem voz e coragem contra este opressor, queremos ser esta ‘voz’ e esta ‘coragem’ que falta para muitos outros aderirem à luta por seus direitos garantidos em lei contra a Intolerância religiosa em nosso país.

Imagem: Abravipre