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sexta-feira, 6 de junho de 2014

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Geral - 06 fatores que atrapalham a preparação para concursos

Por CERS Cursos Online / Arquivo JusBrasil
Porque muitos candidatos iniciam a preparação para concursos públicos e desistem antes da aprovação? São vários os fatores que atrapalham o estudo, como cansaço, pressão familiar, dificuldades financeiras. Confira como manter o foco nos estudos até conquistar a tão sonhada vaga no serviço público.
Imagem: Reprodução.
Ingenuidade quando se inicia o projeto
A aprovação nem sempre vem com a primeira oportunidade. Ou melhor: raramente vem. Concurso público é um projeto de médio ou longo prazo. Quem não se prepara para isso é derrubado na primeira frustração.
Cansaço extremo
Correr uma maratona é algo absolutamente extenuante. Assim é a preparação para as provas. No início, parece simples e possível. A pessoa está empolgada com o projeto e se sente cheia de energia. Com o passar dos meses, a empolgação começa a perder força na mesma medida em que o corpo e a mente reclamam do cansaço. Mas assim como na corrida, é possível romper a barreira em que parece impossível continuar. E nesse momento é importante lembrar que já foi trilhada a maior parte do caminho. O que significa que a chegada está próxima.
Pressão de familiares
Quem começa a estudar para concurso costuma enfrentar duas situações com a família e amigos: ou eles estão muito motivados e torcendo pelo candidato, ou não acreditam muito e pensam que, em breve, a pessoa vai desistir.
Nos dois casos, as pessoas não envolvidas com o projeto acreditam que tudo será resolvido em pouco tempo, no máximo um ano. Quando isso não acontece, podem fazer acusações e cobranças. O candidato corre o risco de ouvir de pessoas próximas que já deveria ter sido aprovado - o que causa uma profunda sensação de incompetência - ou que seria melhor desistir. Normalmente, quem tem vínculo afetivo com o candidato se ressente da falta de disponibilidade dele e dos momentos de convivência e anseia pela solução disso, que só viria com a aprovação ou mesmo com a desistência.
Cabe ao candidato aceitar que é muito difícil para quem está de fora entender a dinâmica do projeto. Nós sabemos que a aprovação demora alguns meses ou anos, e que isso não significa que ela não será alcançada.
Falta de dinheiro
Campeã de justificativa – e, infelizmente, a mais difícil de superar – é a questão financeira. Chega uma hora em que o dinheiro acaba e o candidato começa a responsabilizar as despesas com os estudos pela situação. Afinal, são investimentos com cursos, livros, transporte, inscrições em concursos. Tudo isso é agravado no caso dos candidatos que não estão trabalhando e optaram por dedicar-se exclusivamente à preparação. Mas é possível encontrar alternativas para continuar estudando. Há uma grande oferta de cursos que podem ser pagos em parcelas, há materiais gratuitos na internet. De todo modo, é preciso buscar em vez de lamentar. Saber pedir e aceitar ajuda. E lembrar que a falta de dinheiro já estava lá antes. O projeto concurso público começa justamente para a conquista de um trabalho seguro e bem remunerado.
Vergonha por reprovações
No decorrer da nossa vida escolar, somos acostumados a encarar reprovações como fracassos. O mesmo acontece quando vamos a uma entrevista de emprego. No entanto, projetos grandiosos implicam uma longa caminhada e algumas correções de rumo. Os tropeços na vida de quem está em busca de algo, alguém que deixou o seu espaço de acomodação e se lançou no desconhecido para conquistar uma vida melhor, são apenas ajustes necessários para o sucesso da empreitada.
Insegurança

De forma geral, o que observo é que o candidato só desiste quando duvida que seja capaz. Aí todos os motivos anteriores ganham força e tornam-se a justificativa perfeita. Infelizmente, é difícil lembrar nesse momento que os anos passarão e a vida continuará do mesmo jeito. Quem tem certeza (ou quase) de que a vitória está ali adiante segue em frente, haja o que houver.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

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Trânsito - Quantidade de acidentes dispara no mês do Maio Amarelo







Se por um lado, a cidade de Blumenau tem muito a comemorar por se destacar nacionalmente na agenda de eventos e ações educativas durante o Maio Amarelo, parece que todo o barulho que fizemos para chamar à atenção pela necessidade de autocuidados e preservação da vida não surtiu muito efeito na prática. É o que mostram as estatísticas de acidentes de trânsito em relação ao mês de abril. E o pior: maio foi um mês mais violento para o trânsito na cidade em todos os tipos de acidentes registrados a partir dos boletins de ocorrência de atendimentos feitos só no perímetro urbano. Até o número de mortes aumentou: em abril tivemos duas e em maio esse número dobrou.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

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Trânsito - O primeiro culto ecumênico às vítimas de acidentes em 163 anos



Uma noite para ficar na história: pela primeira vez, Blumenau lembrou dos mortos e sequelados em acidentes e suas famílias. E foi no Maio Amarelo. Uma noite de emoção, de respeito, de reverência, para lembrarmos com saudades e com esperança de todos que se foram e também dos sobreviventes em acidentes de trânsito e suas famílias. Assim foi a noite do dia 30 de maio, no Setor 1, da Vila Germânica e que marcou o encerramento simbólico do Movimento Internacional Maio Amarelo em Blumenau. Foi emocionante, momento de comoção mesmo que eles, familiares e vítimas, nunca mais esquecerão. E nós nunca esqueceremos deles.

Em 163 anos de história de nossa cidade nunca tivemos um momento como este, em que autoridades religiosas católicas e evangélicas ministraram mais do que um culto: levaram palavras doces, de alento, de acolhimento e aconchego às vítimas e suas famílias. Palavras de fé e de esperança para renovar as forças dos órfãos de seus entes queridos no trânsito.

Nem no terceiro domingo de cada mês, quando a ONU instituiu desde 2005 o Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes de Trânsito, nós tivemos um momento assim em Blumenau. Por isso, é que, para mim, o Maio Amarelo é um sonho realizado. É por isso, que o primeiro culto ecumênico em memória às vítimas de acidentes e suas famílias é um sonho realizado que esperamos que o poder público se sensibilize em realizar daqui para a frente para que não continuemos desmemoriados da dor dessas famílias.

O culto ecumênico foi uma forma de lembrarmos dos mais de 1,3 bilhão de mortos em acidentes de trânsito em todo o mundo e das mais de 60 mil no Brasil, para além daquilo que escapa às estatísticas oficiais. Temos ainda um imenso “exército” de feridos e sequelados permanentes.

Mas, não estamos falando de estatísticas porque eles não são números: são vidas humanas que se foram pela violência, pela falta de humanidade e gentileza no trânsito. E enquanto estamos lendo este artigo, mais vidas estão sendo ceifadas em vias públicas.

As pessoas iam chegando emocionadas: algumas já vinham enxugando as lágrimas na entrada do Setor 1 e eram amparadas pelos acompanhantes ou por outros familiares de vítimas.

Dentre os sobreviventes de acidentes estava a Roselene, 48 anos, que caminhava com a ajuda da mãe, Dona Adelaide, e por voluntários da Associação Blumenauense dos Deficientes Físicos (ABLUDEF). Há 9 anos ela foi vítima de atropelamento em cima da calçada na Rua 2 de Setembro, ficou em coma por 3 anos, teve de refazer a face, passou por diversas cirurgias em outras partes do corpo e ainda não consegue caminhar sozinha.

A Roselene e Dona Adelaide chegaram tristes ao culto, mas com o andamento do ato religioso e das manifestações de uma humanidade que ainda precisamos muito, o choro passou a ser de alegria por estarem vivas. Passou a ser de agradecimento pela vida. A banda de Policiais Militares evangélicos emocionou, assim como o Coral Teen da Assembléia de Deus e o Coral de Cegos, da ACEVALI. Mas, a emoção maior, com certeza, era de estarem juntas em vida.

Com tantas dores, dificuldades, com tantos sofrimentos, a Roselene deu à todos uma das maiores lições de vida: ter sonhos. E mesmo sem mobilidade, com sequelas permanentes que jamais a farão ser como era antes, ela sorria e revelava: “eu tenho dois sonhos: morar numa casa nova mais perto dos médicos que cuidam de mim e de ter um computador e um teclado.”

Para muitos, a vida teria acabado no momento do acidente, mas para a Roselene não: a vida continua, cheia de sonhos e de descobertas, pois ela começou a pintar quadros e isso também tem feito a diferença na sua recuperação. Sonhos simples, como o de voltar a caminhar, o de voltar a falar, o sonho de ter um computador. Coisas simples que tantos têm, mas não valorizam, incluindo a própria vida.

No culto também estava presente Alynne Ribeiro, vítima e mãe do pequeno Henrique Hasse, que nos deixou tão cedo, aos 2 anos e meio. Ele foi vítima fatal de um acidente provocado por um condutor embriagado no dia 8 de junho de 2013, na Rua Bahia.

Para Alynne, mais do que um momento de emoção, de lembrar da presença e da ausência do pequeno Henrique, foi um momento de se fortalecer e renovar as esperanças: “Que cada lágrima derramada por mim, Deus transforme em forças pra lutar por essa causa... Farei de tudo para que ninguém mais passe por isso, para que ninguém sinta essa dor: a dor de perder um filho”, disse, emocionada.

Para mim, Márcia Pontes, também não foi fácil conter a emoção de lembrar dos amigos, de gente que nunca conheci ou conhecerei, mas que são o motivo de eu abrir os olhos todas as manhãs e ter como causa para viver salvar e proteger a vida das pessoas no trânsito.

Não foi fácil ter a palavra por alguns minutos para falar sobre o Maio Amarelo e lembrar de uma prima que perdeu a vida em acidente, e de meu irmão, Sérgio, hoje sequelado permanente em acidente de trânsito. A emoção tomou conta, a voz embargou e a única coisa que consegui dizer alto, firme bom tom foi que, mais do que um juramento profissional, mesmo sem conhecer as pessoas, eu levanto a cada dia e digo para mim mesma: hoje eu vou salvar uma vida no trânsito.

A causa é humanitária, a missão é o meu ar e vou fazendo o que posso como profissional liberal em segurança no trânsito e com o voluntariado.

Coordenar o Movimento Internacional Maio Amarelo no estado, para alguns, pode significar diferentes possibilidades e oportunidades. Para outros, quem sabe um momento de reconhecimento por um trabalho diário e a maior parte do tempo anônimo, que venho fazendo desde 2008.

Na verdade, para mim, como ativista da causa humanitária de salvar vidas no trânsito, representa e significa a oportunidade de chamar à responsabilidade, de mobilizar, de tirar da letargia uma sociedade inteira em processo de genocídio causado pela violência diária no trânsito.

O mês de maio acabou, mas o Maio Amarelo não. O encerramento foi simbólico porque as ações pela atenção à vida continuarão pelos 365 dias de cada ano. E eu só vou parar de lutar quando o meu coração parar de bater.

Imagens: Reprodução