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quinta-feira, 26 de junho de 2014

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Trânsito - A face oculta da bicicleta no dia a dia de Blumenau

Quando se fala em bicicleta e em ciclistas em Blumenau a maioria das pessoas associa àqueles paramentados e devidamente protegidos que costumam ser vistos pedalando pelas ruas centrais. Não sei se são as vestimentas apropriadas, o capacete, as luvas ou as bikes que chamam à atenção, mas o fato é que em Blumenau temos muito mais ciclistas e bicicletas do que se pensa. Gente que usa a bike diariamente para ir e vir do trabalho, e mais um tantão de pessoas que ainda não pedalam para se preservarem de acidentes diante da falta de espaços apropriados e seguros em via pública. 




Na última semana do Maio Amarelo pude acompanhar uma ação preventiva e educativa feita por ativistas da ABC Ciclovias. Durante 1 hora e meia os ciclistas que passavam pela pracinha que fica no cruzamento entre as ruas Marechal Deodoro e João Pessoa foram abordados, foi feito diálogo preventivo, receberam exemplares do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e elementos refletivos obrigatórios conforme o art. 105 do CTB. Mas, o que mais me chamou à atenção foram as histórias de vida dessas pessoas.

A maioria vai e volta do trabalho de bicicleta e pedala bikes simples, sem nada de sofisticação e de proteção. Usam roupas do dia a dia ou mesmo os uniformes de trabalho. Saem de casa para os primeiros horários nas fábricas e empresas. Cruzam a cidade de um ponto a outro na magrela e voltam para casa à noite. Ainda assim, não costumam usar a devida proteção. 

Na oportunidade, pude conhecer um ciclista que ainda tinha a mão fraturada, resultado de uma “fina” que levou de um motorista de ônibus. Também conheci a ciclista que se sentiu à vontade na conversa e contou sobre um tombaço por conta de galhos de árvores que foram podados por prestadores de serviço ao poder público, mas que não tinham sido retirados da calçada. Era noite, os galhos enroscaram no aro e o tombo foi inevitável. Surpresa mesmo foi saber que essa ciclista que usa a bike como meio de transporte diário é xingada por motoristas e por pedestres que também têm de andar pelo cantinho da pista de rolamento onde não há calçadas. 

Impressionante também o relato de um ciclista que mora na Velha Central e pedala diariamente para além da Rua 1º de Janeiro, ida e volta para o trabalho todos os dias. 

E também conheci as histórias dos ciclistas acidentados na ciclofaixa; em via pública; os que são “empurrados” de propósito pelos motoristas; os que são xingados; os que caíram em bueiros abertos e em buracos e falhas dos passeios públicos. 

Em algumas empresas que tenho visitado por conta de meu trabalho como palestrante em Educação Para o Trânsito Corporativa tenho visto cada vez mais bicicletários (e lotados). 

Neste ano em que o tema da Semana Nacional do Trânsito é a cidade para as pessoas, talvez o que esteja faltando mesmo é prestar mais atenção nos ciclistas, que das duas uma: ou parecem invisíveis aos olhos dos gestores da cidade, ou não se quer enxergá-los. Prestar mais atenção no trabalhador e na trabalhadora que pedalam todos os dias debaixo de sol ou de chuva. Prestar mais atenção nas crianças que vão e voltam de bicicleta da escola; em quem pedala por lazer; em quem usa a bike para pequenos trajetos; para ir no mercadinho perto de casa e traz as compras na cestinha ou no bagageiro; ou simplesmente pedala por prazer.

Talvez o que esteja faltando aos políticos e gestores que em época de eleição se preocupam tanto em cuidar das pessoas e melhorar a vida das pessoas seja isso: ir para as ruas não só para apertar as mãos e dar tapinha nos ombros, mas para enxergar as vidas que se deslocam sobre bicicletas em Blumenau.
Talvez falte mesmo mais visão para enxergarem além do discurso de que a cidade é e deve ser feita para as pessoas e que todos têm direito à vida e à via. 

E que saiamos daquele discurso tosco de quem ouve só pensando na resposta que vai dar, por exemplo, de que a geografia da cidade não ajuda para pedalar; de que não pode levar a mulher e o filho de bicicleta no trabalho e na escola em dia de chuva. Outros, chegam ao extremo de se irritar como se quem defende a bicicleta como alternativa sustentável, pregasse a extinção dos carros e motos pela substituição à bicicleta, quando estamos falando de uso racional do veículo e investimentos em transporte público de qualidade. 

É óbvio que não se pode mudar as coisas de um dia para o outro, mas quanto mais evitarmos tocar no assunto, quanto mais evitarmos as bicicletas e os ciclistas, mais atrasados e distantes de um plano de mobilidade segura ficaremos. 

Não se trata só de reclamar de falta de projetos ou de dinheiro para viabilizar projetos para construção de ciclovias, mas de se pensar a cidade para as pessoas como gostam de prometer, e isso se faz com medidas de engenharia, mas também com medidas de fiscalização e de prevenção e educação para o trânsito. 

Enquanto isso o discurso que se vende é de que nunca vai existir agentes de trânsito que chega para fiscalizar e autuar tanta infração, ainda mais nos bairros. Nunca vai existir recurso e equipe que chega para consertar as vias esburacadas e para tampar bueiros abertos. Nunca vai existir argumento suficiente para se começar a priorizar as pessoas em vez dos veículos enquanto insistirmos em analisar a questão da mobilidade de forma descontextualizada do todo. 

Enquanto isso, a vida segue sobre rodas em Blumenau e os que pedalam continuam esquecidos, ignorados, sem serem vistos. Continuam sendo atropelados (o termo certo é colisão). Seja pelos motoristas, seja por quem modifica a cidade para privilegiar os veículos e tentar tapear, por algum tempo, o inevitável. 

Caiam na real, gente! Cerca de 1,2 mil novos emplacamentos por mês em Blumenau é muita coisa para se somar a uma frota que cresce a cada ano e que até agora já é de 235.195 veículos. Não demora muito, vai faltar rua para tanto carro! Alguém duvida?


Imagens: Reprodução.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

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Música - Top 10 Mitos do Rock

A história do Rock é recheada de mitos e lendas, muitas vezes é impossível distinguir o que é real e o que é inventado, mas é muito fácil de imaginar como elas se propagam, ou você não tem nenhum amigo no facebook que compartilha qualquer coisa sem checar a veracidade? Com a internet, os mitos se propagam muito rápido, mas também são desmentidos muito rápido, mas numa época pré-facebook, antes mesmo das primeiras lendas urbanas serem repassadas por e-mail, era o bom e velho boca a boca que disseminava as mais curiosas histórias sobre o mundo do Rock. E muitas delas duram até hoje!



10 – Mick Jagger e David Bowie

O mito: Angela Bowie, esposa de David, teria dito em um programa de TV que surpreendeu o marido juntamente com Mick Jagger na cama. Conspirólogos dizem, inclusive, que a música “Angie” dos Rolling Stones, seria dedicada à Angela como um pedido de desculpas de Jagger.
A verdade (ou o que eles querem que você acredite): Posteriormente, Angela Bowie, disse que os viu apenas dormindo na mesma cama e jamais teve a intenção de insinuar um caso entre eles, Jagger e Bowie sempre trataram o assunto com irreverência, mas afirmam categoricamente que “isso não passa de uma grande besteira” (seja lá o que isso signifique!).



09 – A Língua Bovina de Gene Simmons

O mito: Dizem as más línguas que o vocalista e baixista do Kiss, Gene Simmons, fez um implante com uma língua de vaca para ampliar o alcance do seu músculo genioglosso.
A verdade (ou o que eles querem que você acredite): Gene Simmons disse que apenas nasceu abençoado, médicos dizem que a ciência ainda não atingiu tamanha evolução, bem, olhe as fotos abaixo e tire você mesmo suas conclusões.



08 – Ator Infantil vira o Anticristo

O mito: Marilyn Manson seria o ator que interpretava o personagem Paul Pfeiffer na série de TV “Anos Incríveis”.
A verdade (ou o que eles querem que você acredite): Muitos mitos cercam a persona de Marilyn Manson, incluindo a história de que ele teria removido duas costelas para facilitar sexo oral em si mesmo. O próprio Marilyn Manson gosta de alimentar tais boatos e não os confirma, nem desmente. No entanto, a série anos incríveis foi exibida até o ano de 1993 e o primeiro álbum de Marilyn Manson data de 1994, então, a não ser que Josh Saviano (sim, este foi o ator que de fato interpretou Paul) tenha visitado o Zoltan e pedido para ser grande, seria um pouco difícil os dois serem a mesma pessoa.



07 – Ele Vendeu a Alma pelo Rock n’ Roll

O mito: Robert Johnson, tido como um dos maiores músicos de blues que já viveu, teria  vendido sua alma ao diabo na encruzilhada das rodovias 61 e 49 em Clarksdale, Mississippi, em troca do dom de tocar.
A verdade (ou o que eles querem que você acredite): Não há como refutar essa teoria, vários aspectos de sua vida e as circunstâncias de sua morte contribuem para reforçar o mito, mas assim como Beethoven ou Jimi Hendrix, ele poderia apenas ser um cara talentoso e dedicado.



06 – Sangue Novo

O mito: O guitarrista dos Rolling Stones, Keith Richards, teria trocado completamente de sangue para limpar o corpo do uso de drogas
A verdade (ou o que eles querem que você acredite): Keith Richards sempre inventa uma história diferente sobre isso, numa delas, disse ter recebido sangue de cavalo (deve ser por isso que ele ainda está vivo!). Richards já afirmou ter injetado as cinzas de seu pai em uma solução com heroína.



05 – Frank Zappa Come Cocô

O mito: Acho que o título é auto explicativo.
A verdade (ou o que eles querem que você acredite): A história foi tão difundida que Frank Zappa teve que negá-la muitas vezes, inclusive, ele inicia sua autobiografia da seguinte maneira "Eu nunca comi cocô no palco, e o mais próximo que cheguei de comer cocô em algum lugar foi no Buffet do Holiday Inn em Fayetteville, Carolina do Norte em 1978”.



04 – Kurt & Courtney

O mito: Kurt Cobain não se suicidou, foi assassinado a mando de sua esposa Courtney Love. Há um documentário inteiro sobre isso chamado Kurt & Courtney, onde são entrevistados supostos assassinos que teriam recebido propostas de Courtney para assassinar Kurt, também são apresentadas teorias como a de que a letra de Kurt muda no fim de sua carta de suicídio (justamente quando ele fala de Courtney) e de que ele havia ingerido tanta heroína que não teria forças para puxar o gatilho.
A verdade (ou o que eles querem que você acredite): A polícia fechou o caso como suicídio, apesar de alguns pontos nesta teoria fazerem sentido há muitas peças faltando, não há indícios de outras impressões digitais na arma e não há um suspeito de ter cometido o assassinato. Além disso, quem é fã de Nirvana, apesar de odiar a Courtney, sabe que Kurt Cobain era uma pessoa autodestrutiva e ele vinha dando sinais de que se suicidaria há muito tempo.



03 – O Lado Obscuro de Oz

O mito: Ao terceiro rugido do leão da MGM no início do filme “O Mágico de Oz” de 1939, se você tocar o álbum do Pink Floyd, “The Dark Side of the Moon” de 1973, perceberá que o álbum funciona como uma trilha sonora para o filme, com várias conexões, inclusive, o álbum deve ser tocado repetidamente, pois as conexões continuariam mesmo após o fim do álbum.
A verdade (ou o que eles querem que você acredite): O.K., isto não é um mito, é fato, qualquer um pode testá-lo, eu mesmo já o fiz de forma analógica há algum tempo, hoje está mais fácil, basta assistir o vídeo abaixo, que já vem com as obras sincronizadas. Em minha opinião, alguns dos momentos mais marcantes são:

07m50s: A cena de Dorothy cantando "Over The Rainbow" é cortada justamente no momento em que se inicia a música "Time", que coincide com a chegada da bruxa.

14m50s: The Great Gig In The Sky" (O Grande Espetáculo No Céu) inicia justamente quando começa o tornado no filme.

19m30s: Dorothy abre a porta e o filme fica colorido, neste momento se inicia “Money”. Referência ao alto custo de um dos primeiros filmes coloridos da história ou até mesmo aos tijolos amarelos (ouro).



02 – Elvis não Morreu

O mito: Inconsistências no atestado de óbito do rei fez com que alguns acreditassem que ele não morreu, mas forjou sua morte para que pudesse viver em paz.
A verdade (ou o que eles querem que você acredite): Apesar de muitos alegarem terem visto Elvis Presley vivo nos mais diversos locais e muitos anos após a sua morte, pessoas também alegam terem visto Jim Morrison, Deus e discos voadores, e os tabloides dão espaço para todos eles.



01 – Paul está Morto

O mito: Paul McCartney teria morrido em um acidente automobilístico e teria sido substituído por um sósia (ou um clone) desde então. John Lennon saberia da verdadeira história, mas proibido de dizer a verdade pelos empresários, ele teria escondido mensagens na obra dos Beatles para dizer ao mundo que seu amigo estava morto.
A verdade (ou o que eles querem que você acredite): Ou Paul está vivo, ou seu sósia era mais talentoso que o original, pois a obra que ele criou a partir de 1966 é muito superior ao que veio antes. De qualquer forma, as supostas evidências são muito boas, eis as minhas preferidas:

Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band
- A capa é, na realidade, o desenho de uma sepultura (a de Paul) com todas aquelas pessoas olhando (note os arranjos de flores típicos de um funeral).

Abbey Road
- Na capa com os Beatles atravessando a rua, Paul está com o passo trocado em relação aos outros, é o único fumando e está descalço (os mortos são enterrados descalços), além de estar com os olhos fechados.
- Lennon, de branco, representaria Deus ou Jesus Cristo; Ringo, o agente funerário; Paul, o cadáver e George, o coveiro.
- O cigarro que Paul segura está na mão direita. o Paul verdadeiro era canhoto, estaria com o cigarro na outra mão.
- Um fusca branco estacionado na rua tem a placa 28IF, um lembrete de que Paul teria 28 anos SE (IF) estivesse vivo. O Fusca na Inglaterra é chamado de "Beetle".




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