Professor catarinense usa músicas próprias para cantar e ensinar Revolução Industrial, Iluminismo e outros marcos
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“O pioneirismo foi da Inglaterra / mas a Revolução se espalhou / modificando toda a sociedade / fazendo do lucro uma prioridade”, ensina a letra de “Revolução industrial”, um dos hits da banda. A ideia é que as canções possam ser utilizadas em sala de aula não só por ele, mas por outros educadores. Desde a sua formação, a banda tem mantido o estilo “rock-pedagógico”, com uma pegada de blues vez ou outra, adornando as composições e os arranjos próprios.
“O projeto surgiu quando vi que músicas próprias eram melhores em sala de aula do que as famosas paródias. A melodia original confundia o aluno. Uni o útil ao agradável, quando percebi que as notas dos meus alunos melhoravam [com o método]”, orgulha-se o professor.
Quando, em 2010, Christian começou a compor as letras inspiradas em temas históricos – como Iluminismo, Igreja medieval e a vinda da Família Real para o Brasil, além da famosa Revolução Industrial – ele ainda não havia pensando na formação original da banda. Foi apenas em 2012 que convidou seu ex-aluno Gabriel Day, o Gabes, e seu amigo Ricardo Bordgnion para ingressarem no projeto. Só naquele ano, eles fizeram mais de 20 shows em escolas e festivais, como o “Rock in Rio”. “Não o famoso, do Rio de Janeiro, mas o de Rio Negrinho, no interior de Santa Catarina”, brinca Day.
Desde que a Pré-Histórica foi montada, o público aumentou. O vocalista Christian credita o sucesso à pegada jovem da banda. “As músicas são altamente didáticas e de fácil assimilação, pois têm uma linguagem voltada aos jovens, mas lógico que sempre será necessária a ajuda de um professor para realizar a apreensão. Houve uma procura gigantesca pela banda e por nossas músicas, minhas explicações e até mesmo shows depois que saímos na revista Guia Estudantil”.
Mesmo com o CD ainda a caminho – e que fala de pré-história, descobertas marítimas, monarquias nacionais e Semana de Arte Moderna – os integrantes da banda afirmam ter material suficiente para mais dois. O baixista Gabes não nega o gostinho da fama: “Gosto de tocar ao vivo, é legal quando o público participa e é incrível ver como muitos já sabem cantar alguns refrãos! Estamos longe de ser popstar, mas é legal ver que a criançada no colégio gosta de rock e acaba aprendendo com nossas músicas”.