Por Fabiano Uesler
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TdB: Senhor Naatz, qual foi motivo que o levou a votar contra o projeto de lei sendo o senhor da bancada governista?
Ivan Naatz: Na verdade o projeto apresentava equívocos jurídicos que exigiam maiores esclarecimentos do SAMAE. A planilha da justificação do reajuste necessárias a autorização legislativa estava incompleta além de inexistir manifestação da AGIR a agencia reguladora sobre o tema. Sou o relator da CCJ deixar passar o projeto sem estas observações seria irresponsabilidade da minha parte, ainda sendo advogado.
TdB: Porque não houve uma análise sobre o impacto que o aumento causará à população Blumenauense?
Ivan Naatz: Como disse as planilhas estavam incompletas. Sequer era possível identificar o fator unitário do CG – Custo de Gerenciamento que sofreu 50% de reajuste.
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TdB:O projeto não poderia ser votado em 2014?
Ivan Naatz: Sim, porém, respeitando o princípio da unidade só entraria em vigor em 2015.
TdB: O Senhor afirmou que os colegas do PSD teriam se comprometido a rejeitar o projeto, mas não seguiram o acordo na hora da votação. Porque o PSD não cumpriu com o acordado?
Ivan Naatz: Tínhamos duas situações (1) devolver o projeto para correção pelo executivo e vota-lo na sexta. (2) rejeita-lo de imediato. Os vereadores do PSD em votação nominal disseram que o projeto poderia ir ao plenário sem as correções porque “eles” votariam contra a matéria. Os votos do PT + PP + PSD seriam suficientes para remetê-lo ao arquivo, Então afim de poupar tempo e desgaste, o projeto foi ao plenário, tendo os vereadores do PSD votado pela aprovação do projeto o que foi considerado uma traição.
TdB: O Senhor deve apoiar o governo Napoleão Bernardes em 2014?
Ivan Naatz: Estarei na independência. Sem lado. Pretendo ser a pedra no sapato do Napo.
TdB: O PSD assumiu a favor do SAME contra o sucateamento, porém isso não deveria ser feito com mais cautela pra não sobrecarregar a população?
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TdB: Quais seus próximos passos após deixar o cargo de líder do governo? Deve em 2014 fazer oposição ao atual governo por conta deste episódio e de outros como do aditivo da Foz do Brasil?
Ivan Naatz: Minha posição, como dito será de independência. Quanto ao termo aditivo da FOZ já disse no meu relatório ... ela não tem direito a receber o valor por falta de autorização legislativa e má-fé processual administrativa.
TdB: O Governo Napoleão Bernardes teve em 2013 um ano conturbado, isso se deve à inexperiência do prefeito ou ás suas alianças políticas?
Ivan Naatz: Trata-se de um governo imaturo.
Agradeço ao Sr Naatz por nos conceder a entrevista e concluo que nada do que disse em matérias anteriores muda. O atual governo tenta com esta jogada conseguir maioria na câmara e deve consegui-lo em 2014, porém sua popularidade despenca vertiginosamente, se é que havia alguma ainda. Naazt e o PT devem ser oposição neste próximo ano já que em 2013 estavam em cima do muro em diversas situações. Quando Naatz afirma que respeitando o princípio da unidade só entraria em vigor em 2015 percebemos que todo o circo foi armado para que o aumento entre em vigor o quanto antes.
Nos resta como população encarar mais um aumento de serviço público e preparar nossos bolsos. Acredito que este governo não terá sobrevida nas próximas eleições a não ser que o atual cenário político mude muito o que sinceramente eu duvido que aconteça.
Finalizando a entrevista Naatz afirma que o atual governo é imaturo o que tão pouco nos surpreende. É pena que seja assim pois muitos blumenauenses apostaram suas fichas no governo Napoleão, novamente é pena pois aparentemente todo Napoleão está fadado à derrota histórica, vejamos somente se quem paga o "marreco" é o povo, pois a vaca, esta coitada, já foi pro brejo.