Por Gustavo Melo / Arquivo JusBrasil

Finalmente, em 13 de maio de 1888, um sábado, a Princesa Isabel, tomou a melhor decisão que nem seus antepassados tinham coragem de tomar: assinar a Lei Áurea, permitindo assim que todos os negros em absoluto vivessem em liberdade, garantindo os mesmos direitos e deveres que os brancos tinham, tratando-os como pessoas de plena capacidade para produzir e prosperar.
Infelizmente, o preconceito não parou por aí. Mesmo após a Proclamação da República, muitas pessoas de diversas classes sociais consideravam um absurdo que um negro pudesse assumir uma vida normal como qualquer outra pessoa.
Nos tempos atuais, após um século e 1/4 desde a assinatura, mudanças de posturas vêm ocorrendo no Brasil, não a partir dos cidadãos comuns, mas sim dos nossos próprios governantes. É o que eu chamo agora de "subestimação racial".

Existem tantos negros inteligentes em nossa geração, dotadas de uma sabedoria ímpar, como o nosso Nobre Ministro do STF Joaquim Barbosa, o saudoso cantor Jair Rodrigues, a talentosa atriz Taís Araújo, entre tantos outros nomes conhecidos. Agora olhe pense nessas pessoas e diga se elas precisaram de cotas para subir na vida.
Hoje, 20 de maio de 2014, o Senado aprovou um texto que institui cotas em concursos públicos federais para negros de 20% apenas por estes serem negros. Esses parlamentares só podem ter faltado às aulas de Biologia. Ou seja, estamos diante de um novo apartheid no Brasil, onde ser negro agora é mérito e ser branco é uma lástima, estimulando assim o ódio racial numa terra onde todos deveriam se tratar como simplesmente humanos. Bem, às vezes, ser daltônico não seria tão ruim assim.
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