Por Luiz Flávio Gomes / Arquivo JusBrasil
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Você é um tradicionalista, um "baby boomer" ou um X, Y ou Z? Ou um Nem-Nem? Ou ainda um Nem-Nem+? Por meio da análise de um conjunto de fatores (data de nascimento, o que cada um pensa sobre o trabalho, interação do sujeito com os meios de comunicação, avanços tecnológicos etc.) convencionou-se elaborar uma classificação das várias gerações que fizeram ou que estão fazendo história (veja Schujman, Generación Ni-Ni, 2011). Vamos às características de cada uma: o tradicionalista, chamado de leal, nasceu de 1900-1945, na era do rádio; acredita e é apegado às instituições (Estado, Justiça, Polícia, empresas, família, casamento, religião etc.); tem muitos filhos, confia na tradição, economiza dinheiro, consume o essencial e seu lema é: "da casa para o trabalho e do trabalho para casa".
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Os "baby boomers" nasceram entre 1945-1964 (depois da Segunda Guerra mundial). São competitivos, veem muita televisão, gostam dos super-heróis, são otimistas, confiam no futuro, iniciaram a sociedade de consumo, onde se destacam as grandes marcas. A geração X nasceu entre 1964-1980: são os descrentes (ou desconfiados), que iniciaram o uso massivo do computador, não confiam nas instituições (Estado, Justiça, Polícia, casamento etc.), são individualistas (confiam neles mesmos), consomem drogas com mais liberdade, se divorciam com mais frequência. A geração Y é composta dos nascidos entre 1981-1992: pragmáticos, hiperconectados, desejam viver da sua maneira, assumem mais riscos; é a geração da internet e do celular. Geração Z: são os nascidos de 1992 para frente: geração consumista, o shopping é o seu templo (pouca religiosidade); são pessimistas, desconfiam das instituições (sobretudo dos políticos) e são impulsivos. Acredita-se que sejam menos educados que as gerações anteriores.
A geração Nem-Nem (nem estuda, nem trabalha) sempre existiu. Mas agora está aumentando (veja Schujman, cit.). Ela é alimentada pelas gerações Y e Z (é, portanto, uma intergeração). São jovens que não crescem emocionalmente, não se apaixonam por projetos; são abúlicos; não se interessam pelas coisas nem pelas pessoas. Ser adulto lhes assusta. Perpetuam-se na adolescência. São apáticos, nada interrogativos, não conseguem eleger as coisas etc.
A essas gerações, penso que devemos acrescentar outra: a intergeração nem-nem+ (não estuda, não trabalha, não procura emprego, não tem família estruturada, não tem assistência pública, não tem nenhum capital econômico, salarial, emocional, cultural, familiar etc.). Trata-se do excluído do pacto social. É uma intergeração constituída apenas de braços e pernas. Trata-se de um exército de milhões de pessoas, facilmente manobráveis, para o bem ou para mal. Em países de desigualdade gritante a apropriação deles é feita muitas vezes pela criminalidade. São potenciais cientistas ou homens/mulheres-bomba (cabe a cada país eleger o seu destino).
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A essas gerações, penso que devemos acrescentar outra: a intergeração nem-nem+ (não estuda, não trabalha, não procura emprego, não tem família estruturada, não tem assistência pública, não tem nenhum capital econômico, salarial, emocional, cultural, familiar etc.). Trata-se do excluído do pacto social. É uma intergeração constituída apenas de braços e pernas. Trata-se de um exército de milhões de pessoas, facilmente manobráveis, para o bem ou para mal. Em países de desigualdade gritante a apropriação deles é feita muitas vezes pela criminalidade. São potenciais cientistas ou homens/mulheres-bomba (cabe a cada país eleger o seu destino).
Jurista e professor. Fundador da Rede de Ensino LFG. Diretor-presidente do Instituto Avante Brasil. Foi Promotor de Justiça (1980 a 1983), Juiz de Direito (1983 a 1998) e Advogado (1999 a 2001). [ assessoria de comunicação e imprensa +55 11 991697674 [agenda de palestras e entrevistas] ]