Por Fabiano Uesler / Arquivo Revista Ateísta
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Imagem: Revista Ateísta |
A resposta a esta pergunta coincidentemente veio no dia 25 de Dezembro de 2013, dia em que escrevi este texto.
Faz alguns anos que deixei de acreditar totalmente em crendices, mitos, deuses, simpatias e todo este “léxico” sobrenatural aos quais os brasileiros estão expostos.
Mito do Papai Noel Imagem: Reprodução |
Nem um pouco. Como professor não posso jamais confrontar o poder do lúdico e do imaginário infantil na aprendizagem e por mais consumista que este símbolo possa parecer a muitos sempre o tivemos em casa como ponto comum todo ano.
Nosso filho ouve muito em casa sobre nossas conversas sobre religião e já se declarou muitas vezes ateu certamente para me agradar.
Nesses momentos normalmente olho em seus olhos e digo que “é muito cedo” pra ele decidir no que vai ou não acreditar.
Sempre o ensinamos a fazer o certo pelo certo, a praticar o bem pelo bem e nunca porque há castigos divinos ou que algum espírito “mal humorado” vai castiga-lo se ele não rezar ou não decorar algum texto escrito há dois mil anos.
Imagem:Reprodução |
Contei a ele as diversas histórias onde se baseia o mito do Papai Noel e de como sua imagem mudou.
Contei a ele também já que seus avós são católicos praticantes as diversas origens do natal e dos deuses e divindades que fazem seus “aniversários” nesta época do ano.
Falei sobre Hórus, Mitra, Attis, Héracles, Dionísio e Jesus, contei a ele a origem e a história destes mitos.
Ele adora mitologia e cada vez mais entende o que é o “sincretismo” dentro da nossa história.
Logo ele deixará também de acreditar no mito do Papai Noel e entenderá também com isso porque a humanidade usa seus deuses e mitos.
Muito se usou para explicar o que até então era inexplicável, muito se usou para confortar, muito se usou para dominar, muito se usou para controlar.
Porém como nunca gostei e continuo desgostando de extremismos não irei simplesmente tirar esta “crença” infantil dele apenas para fazê-lo ver que seu pai está certo, não.
Há momento para tudo e a reflexão sobre esta história e este mito tão pueril, porém tão gentil será inevitavelmente feito e ele certamente verá que os mitos sempre existiram e que cabe a nós ver além deles.
Agora voltando aos porquês do início. Porque nós ateus deveríamos comemorar algo nesta época?
Nós não precisamos, porém porque não redescobrir esta data e transformá-la em uma celebração á vida?
Em uma celebração à nossa humanidade e a genialidade com que nós seres humanos temos transformado o mundo em que vivemos assim com em uma reflexão aos erros que estamos cometendo nesta jornada.
Não precisamos deixar de unir nossas famílias em momentos de alegria e amor ao próximo, sinceramente somos muito melhores do que qualquer religião, pois como a ATEA costuma dizer, “pessoas ajudam pessoas”.
Independente de credo, cor, raça ou sexo nós devemos fazer o bem pelo bem comum, pela humanidade, por nós e pelo próximo.
Desejo a todos um 2014 com muitas realizações e que nosso brilhantismo, nossa ética e nossa inteligência nos faça cada vez mais rumar para este admirável mundo novo” .
Ele adora mitologia e cada vez mais entende o que é o “sincretismo” dentro da nossa história.
Sincretismo Religioso Imagem: reprodução |
Muito se usou para explicar o que até então era inexplicável, muito se usou para confortar, muito se usou para dominar, muito se usou para controlar.
Porém como nunca gostei e continuo desgostando de extremismos não irei simplesmente tirar esta “crença” infantil dele apenas para fazê-lo ver que seu pai está certo, não.
Há momento para tudo e a reflexão sobre esta história e este mito tão pueril, porém tão gentil será inevitavelmente feito e ele certamente verá que os mitos sempre existiram e que cabe a nós ver além deles.
Agora voltando aos porquês do início. Porque nós ateus deveríamos comemorar algo nesta época?
Imagem: Reprodução |
Em uma celebração à nossa humanidade e a genialidade com que nós seres humanos temos transformado o mundo em que vivemos assim com em uma reflexão aos erros que estamos cometendo nesta jornada.
Não precisamos deixar de unir nossas famílias em momentos de alegria e amor ao próximo, sinceramente somos muito melhores do que qualquer religião, pois como a ATEA costuma dizer, “pessoas ajudam pessoas”.
Independente de credo, cor, raça ou sexo nós devemos fazer o bem pelo bem comum, pela humanidade, por nós e pelo próximo.
Desejo a todos um 2014 com muitas realizações e que nosso brilhantismo, nossa ética e nossa inteligência nos faça cada vez mais rumar para este admirável mundo novo” .
Nas palavras de Lennon,
“You may say I'm a dreamer,
but I'm not the only one.
I hope someday you'll join us,
and the world will be as one
(Você pode dizer que sou um sonhador,
mas não sou o único.
Tenho a esperança de que um dia você se juntará a nós
e o mundo será como um só)” .
Imaginem.
Publicado Originalmente na Revista Ateísta Janeiro/Fevereiro de 2014, Ano II, 3ª Edição, Página 30
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