Por Silvana Rudolf
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Acho isso absurdo, pois se o médico atestou que esse trabalhador deve ficar afastado de suas atividades por no mínimo sessenta (60) dias, não são em quinze (15) dias que ele vai melhorar e retornar ao trabalho. Acho que a previdência tem que rever essa situação com urgência, pois não tem como aguardar uma perícia em um tempo tão prolongado.
Sabe-se que só se marca a perícia no 16º dia e que somente se recebe o benefício após a perícia médica, então esse trabalhador fica sem poder trabalhar, pois está doente, sem receber salário e benefício muitas vezes por um prazo maior do que o seu médico atestou.
O desconto para o recolhimento à previdência social é feito mensalmente e descontado de todo trabalhador em sua folha de pagamento. Porém quando esse trabalhador precisa usufruir de um direito que é seu e está pago este tem que esperar, pois a previdência não tem médicos peritos suficientes para atendê-los com eficiência, educação e rapidez. Estou cansada de ouvir “O Médico nem olha pra cara da gente, olha o papel e manda pegar o resultado lá fora”.
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O pior é que descobrir qual critério a previdência usa para atender quando na maioria das vezes uma pessoa tem um problema de saúde em que está se tratando com um ortopedista ou psiquiatra e é atendido por um médico perito que tem outra especialidade. Me diga como um ginecologista pode periciar um trabalhador com problemas que não têm nada a ver com sua área de atuação? Isso é uma piada.
O que ocorre com frequência é a seguinte situação, o trabalhador ganha alta médica na previdência e quando vai tirar o atestado de retorno ao trabalho esse dá inapto, a empresa não pode receber esse trabalhador pois ele continua com problemas de saúde e tem que encaminha-lo novamente à previdência.
Quando esse “empurra, empurra” vai acabar, pois quem sofre é o trabalhador que está doente, sem condições de laborar, fragilizado pois sempre cumpriu com seus deveres, que é produzir pagar a previdência e nesse momento é jogado de um lado para outro? Quando alguém vai tomar uma providência e agilizar as pericias, colocar médicos peritos competentes para avaliar as situações sendo dentro das especialidades corretas? Estou cansada de ver trabalhadores muitas vezes chorando por não saber mais o que fazer, pedindo pra voltar a trabalhar mesmo doentes pois não podem ficar sem receber tendo filhos e famílias que dependem deles.
Já presenciei uma senhora que tinha um problema grave de Trombose que ganhou alta três (3) vezes sendo que ela quase não conseguia andar, tinha dificuldade de vir ao escritório para pegar o requerimento para auxilio doença e levar na perícia. O problema dela até um leigo ou quem sabe um cego conseguiria ver, pois ela não tinha condições de trabalho. Esse é apenas um caso entre vários que testemunho.
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Na minha opinião a primeira pericia deveria ser marcada no 16° dia após o atestado de quinze (15) dias, porque? O trabalhador já ganharia alta nesse momento e voltaria ao trabalho sem prejuízo algum, caso necessitasse de afastamento por período superior a este já receberia seu benefício sem mais delongas e transtornos.
A primeira perícia poderia ser feita com especialista Clinico Geral e caso necessitasse de afastamento superior se marcaria uma nova perícia com um especialista na área.
Conheço muitos trabalhadores que estão afastados por meses e até anos, por esperar uma cirurgia que resolveria o problema em muito menos tempo, claro que o problema aqui não é a previdência mas o SUS que deixa muita mais a desejar do que a previdência.
Nesse país quando não se rouba se joga dinheiro pela janela.
Sil.