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sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

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História - Dos réis ao real: as moedas no Brasil

Por Jael Jaime Rainert
(Clique nas imagens para ampliar e clique em continuar lendo para ler a matéria na íntegra)

A história do dinheiro no Brasil é cheia de reviravoltas


Imagem: Reprodução
 A gente sempre quis ter. Comida, roupas, terras – e coisas que pertenciam a outras pessoas. Há 10 mil anos, como não existia dinheiro, a solução era darmos algo que tínhamos de bastante valor em troca do que queríamos. De lá para cá, muita coisa foi usada para fazer essas negociações: bois (provavelmente a primeira forma de moeda), conchas (muito usadas na China e na Austrália), sal (que os gregos trocavam por escravos), sementes de cacau (adotadas pelos maias e pelos incas) e até tulipas (dadas na Holanda como dote de casamento).

 No Brasil, já usamos açúcar, tabaco e até notas estrangeiras (no século 17, o florim holandês foi fabricado em Recife), além de um sem-número das nossas próprias moedas, que perdiam valor rapidamente. Com base no novo livro Linha do Tempo – Uma Viagem pela História da Humanidade, de autoria da editora de História Cláudia de Castro Lima, conheça os melhores momentos dos cinco séculos do dinheiro em nosso país.


Trocas malucas
Até concha já foi usada por aqui:

1500 - Tostão


Imagem: Reprodução

Ao chegar ao Brasil, os portugueses encontram cerca de 3 milhões de índios vivendo em economia de subsistência. Já os colonizadores usam moedas de cobre e ouro, que têm diversos nomes de acordo com a origem: tostão, português, cruzado, vintém e são-vicente.

Século 16 - Jimbo e Réis


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A pequena concha era usada como moeda no Congo e em Angola. Chegando ao Brasil, os escravos a encontram no litoral da Bahia e mantêm a tradição. Desde o descobrimento, porém, a moeda mais usada é o real português, mais conhecido em seu plural “réis”, que valeu até 1942.

1614 - Açúcar


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Por ordem do governador do Rio de Janeiro, Constantino Menelau, o açúcar é aceito como moeda oficial no Brasil. De acordo com a lei, comerciantes eram obrigados a aceitar o produto para pagar compras.

1695 - Cara e coroa


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A Casa da Moeda do Brasil, inaugurada na Bahia um ano antes, cunha suas primeiras moedas de ouro. Em 1727, surgem as primeiras moedas brasileiras com a figura do governante de um lado e as armas do reino do outro, conforme a tradição europeia. Os termos “cara” e “coroa” vêm daí.

1942 - Cruzeiro


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Na primeira troca de moeda do Brasil, os réis são substituídos pelo cruzeiro durante o governo de Getúlio Vargas. Mil réis passam a valer 1 cruzeiro; é o primeiro corte de três zeros da história monetária do país. É aí que surge também o centavo.

1967 - Cruzeiro novo


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O cruzeiro novo é criado para substituir o cruzeiro, que levou outro corte de três zeros. Mais uma vez, isso ocorre por causa da desvalorização da moeda. Para adaptar as antigas cédulas que estavam em circulação, o governo manda carimbá-las.

1970 - Cruzeiro


Imagem: Reprodução

A moeda troca de nome e volta a se chamar cruzeiro. Dessa vez, porém, só muda o nome, mas não o valor. Ou seja, 1 cruzeiro novo vale 1 cruzeiro.

1986 - Cruzado


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Por causa da inflação, que alcança 200% ao ano, o governo de José Sarney lança o cruzado. Mil cruzeiros passam a valer 1 cruzado em fevereiro deste ano. No fim do ano, os preços seriam congelados, assim como os salários dos brasileiros.

1989 - Cruzado novo


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Por causa de inflação de 1000% ao ano, ocorre uma nova troca de moeda. O cruzado perde três zeros e vira cruzado novo. A mudança é decorrência de um plano econômico chamado Plano Verão, elaborado pelo então ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega.

1990 - Cruzeiro


Imagem: Reprodução

O cruzado novo volta a se chamar cruzeiro, durante o governo de Fernando Collor de Mello. O mesmo plano econômico decreta o bloqueio das cadernetas de poupança e das contas correntes de todos os cidadãos brasileiros por 18 meses.

1993 - Cruzeiro real


Adicionar legenda

No governo de Itamar Franco, com Fernando Henrique Cardoso como ministro da Fazenda, o cruzeiro sofre outro corte de três zeros e vira cruzeiro real. No fim do ano, o ministro cria um indexador único, a unidade real de valor (URV).

1994 - Real

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Após uma inflação de 3700% em 11 meses de existência do cruzeiro real, entra em vigor a Unidade Real de Valor (URV). Em julho, a URV, equivalendo a 2750 cruzeiros reais, passa a valer 1 real.

Fontes: http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/reis-ao-real-moedas-brasil-436234.shtml
http://www.fisconet.com.br/user/agenda/tabelas_praticas/moedas/moedas.htm